SBC publica protocolo para garantir segurança nos atendimentos a pacientes
SBC publica protocolo para garantir segurança nos atendimentos a pacientes

19/10/2020, 14:15 • Atualizado em 21/12/2023, 17:30

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Projeto busca diminuir o risco de contaminação da COVID-19 tanto para pacientes e acompanhantes, quanto para profissionais de saúde envolvidos nas atividades clínicas da cardiologia durante a pandemia

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) lançou o Protocolo de reconexão dos serviços de cardiologia com os pacientes durante a pandemia de COVID-19. O posicionamento visa minimizar o risco de transmissão do novo coronavírus entre pacientes, profissionais de saúde e outros envolvidos no atendimento, além de implementar procedimento de triagem para atribuir níveis adequados de atendimento e identificar precocemente casos suspeitos de COVID-19.

“O Protocolo de Reconexão é um documento muito útil para a medicina como um todo e não apenas para os cardiologistas”, afirma o presidente da SBC, Marcelo Queiroga, durante webinar que apresentou o protocolo. “O Brasil tem um sistema de saúde pública de acesso universal, que mesmo com todas as deficiências foi o mais eficiente para assistir mais de 150 milhões de brasileiros durante a crise do novo coronavírus”.

A perspectiva de reconectar serviços de saúde e pacientes de forma segura necessitou a construção de um documento científico, mesmo em um ambiente de incerteza causado pela pandemia. Para o responsável pela diretriz de reconexão dos serviços cardiológicos da SBC, Márcio Sommer Bittencourt, é preciso aprender a cuidar das pessoas que estão expostas e protegê-las de forma adequada. “Já se sabe que algumas medidas gerais, como distanciamento físico, identificação e isolamento de casos, lavar as mãos, utilizar álcool em gel e evitar tocar olhos e rosto são ações de grande valia no enfrentamento do novo coronavírus. No entanto, é preciso discutir amplamente questões como o uso das máscaras”.

O protocolo diz que, para obter êxito na retomada das atividades, é essencial que todo serviço de atendimento médico defina um plano local elaborado com participação ativa dos membros da equipe médica, dos profissionais com experiência no controle de infecções e segurança do paciente e de demais profissionais de saúde envolvidos na prática assistencial.

As recomendações presentes no documento são baseadas nas evidências disponíveis no momento da sua elaboração e na opinião de especialistas. O conhecimento em relação à COVID-19 evolui de forma dinâmica e rápida, logo, os protocolos para reintrodução com segurança de atendimentos médicos, procedimentos invasivos e não invasivos estão em constante evolução e adaptação.

O projeto foi idealizado pela SBC como uma fonte de referência para seus associados. As recomendações apresentadas, contudo, não devem ser usadas como única base para a definição de protocolos locais, devendo se considerar outras fontes atualizadas à medida que o conhecimento na área evolui.

Sobre dificuldade de reconexão no setor público, por exemplo, existe uma particularidade. Primeiro, porque ele demora muito mais para se adaptar à consulta online e poucos profissionais aderiram à telemedicina. Essa não transição para a saúde digital, fundamental na pandemia, torna o risco de desconexão com pacientes muito maior. É preciso se adaptar às exigências da realidade.

“Muitos serviços ainda estão fechados, muitas Unidades Básicas de Saúde não abriram em São Paulo, hospitais que não retornaram o ambulatório ao normal e têm muitos pacientes com medo de voltar. Que nós sofremos impactos não há a menor dúvida, eu só não sei se alguém sabe quantifica-lo de forma clara”, conta Bittencourt.

Para promover atendimento de excelência, mantendo a segurança do profissional de saúde e do paciente com doença cardiovascular, o protocolo indica a adoção das seguintes premissas:

· Como a apresentação clínica é variável, a definição da presença ou ausência de infecção pelo novo coronavírus pode não ser possível apenas com a avaliação clínica inicial. Protocolos claros de triagem devem ser utilizados para minimizar o risco de pacientes suspeitos circularem no ambiente de saúde, salvo para atendimento de urgência ou emergência. Caso necessária, essa circulação deve acontecer com o menor risco de contaminação possível.

· Todos os profissionais de saúde devem ser continuadamente treinados com relação a boas práticas, protocolos institucionais e fluxogramas de atendimento.

· Os atendimentos de emergência devem seguir o mesmo protocolo dos cuidados com pacientes com COVID-19 confirmada/suspeita, pois não é possível descarta-la em tempo hábil para o atendimento adequado, que deve continuar disponível em sua capacidade total.

· Os procedimentos eletivos e semi-eletivos serão retomados após planejamento, em menor escala do que sua capacidade prévia, com reavaliação contínua de comitê diretor responsável, sempre respeitando as autorizações e eventuais restrições à circulação, com abertura de serviços médicos definida pelas autoridades competentes.

· As rotas de acesso aos equipamentos diagnósticos devem ser destacadas para os serviços de transporte e indicadas para pacientes e demais funcionários que não pertençam ao setor médico de atendimento com o objetivo de minimizar o contato entre profissionais da saúde e pacientes e a sua exposição. Para pacientes com suspeita ou confirmação de COVID-19 em que o exame ou procedimento seja necessário, os fluxos e as rotas de atendimento, bem como as áreas de espera correspondentes, devem ser separados das vias normais do paciente sem suspeita de COVID-19.

· Redução do fluxo de pessoal e da exposição da equipe (profissionais administrativos da recepção, profissionais de higiene, profissionais de saúde).

Assista na íntegra o webinar Protocolo de reconexão dos serviços de cardiologia com os pacientes durante a pandemia de COVID-19 AQUI.

Acesse o Protocolo de reconexão dos serviços de cardiologia com os pacientes durante a pandemia de COVID-19 AQUI.

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