Simpósio celebra 50 anos da pós-graduação em cardiologia da UFRJ
Simpósio celebra 50 anos da pós-graduação em cardiologia da UFRJ

11/12/2020, 14:22 • Atualizado em 21/12/2023, 17:30

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Evento on-line, que contou com apoio da SBC, comemorou o desenvolvimento do conhecimento científico na área médica e na especialidade

O Instituto do Coração Edson Saad (ICES), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), promoveu, no último dia 4, a sétima edição de seu Simpósio que este ano comemorou os 50 anos da sua pós-graduação em cardiologia.

Realizado com o apoio da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o evento 100% on-line celebrou o desenvolvimento do conhecimento científico na área médica e na especialidade.

“A pós-graduação em cardiologia da UFRJ é uma das mais antigas do país. Já formou inúmeros mestres e doutores de extrema relevância que hoje são professores em universidades por todo o país e coordenadores de outras pós-graduações, que estão contribuindo para a evolução da especialidade e para que ela chegasse ao patamar em que está hoje: reconhecidamente uma das mais importantes do mundo”, destacou Marcelo Queiroga, presidente da entidade.

O Programa de Pós-graduação (PPG) em Cardiologia da UFRJ foi criado por iniciativa dos professores Antônio Paes de Carvalho, Edson A. Saad, Waldemar Deccache e José Ananias Figueira da Silva, tendo dado início ao curso de mestrado em 1971 e o de doutorado a partir de 1976.

Nesses 50 anos, o PPG tem contribuído para o aperfeiçoamento profissional de inúmeros professores universitários e cardiologistas e outros profissionais de áreas correlatas, tendo sido responsável pela titulação de 241 mestres e 102 doutores.

Também merece destaque as parcerias nacionais e internacionais que a instituição possui. Por meio do programa de Doutorado-Sanduíche, alunos matriculados no cursos de doutorado do PPG têm a oportunidade de fazer parte de seus estudos em instituições do exterior, retornando ao Brasil para a defesa das teses. Já no de MD-PhD, numa iniciativa pioneira, o estudante de medicina pode realizar simultaneamente a graduação e a pós-graduação com nível de doutorado, para proporcionar a integração das áreas de pesquisa básica com a prática clínica e capacitar os alunos para uma carreira em pesquisa médica.

Além disso, a pós-graduação em cardiologia da UFRJ oferece Pós-Doutorado, bem como financiamentos de pesquisas obtidos por agências de fomento, trabalhos que são resultados de um consolidado planejamento estratégico que contribuiu para o desenvolvimento institucional.

“A nossa missão é formar profissionais com plena consciência de cidadania e com valores humanísticos e éticos que possam contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico do país, manter e recuperar a saúde da população e minimizar o efeito das doenças”, afirmou a coordenadora do PPG, professora Gláucia Maria Moraes de Oliveira, também coordenadora de Acompanhamento da Gestão e Controle Interno da SBC.

E para celebrar o jubileu de ouro do Programa de Pós-graduação em Cardiologia da UFRJ, o simpósio contou com um programa especial e com a participação de 18 professores e pesquisadores de referência nacional e internacional como palestrantes e outros 25 moderadores/debatedores, que representaram egressos do PPG que estão em várias universidades. “Em um ano emblemático em que a ciência assumiu papel preponderante no Brasil e no mundo, o evento representou uma grande contribuição para o desenvolvimento funcional e pessoal de cada membro de nossa sociedade”, destacou Gláucia.

Durante todo o dia 4, cerca de mil participantes tiveram a oportunidade de conferir uma programação científica de alto nível, que debateu desde imagem cardiovascular e cerebrovascular, ensaio randomizado incomum e sua análise, interpretação de inteligências artificiais, pesquisa de AI e ciência de dados, estratégias nutricionais para prevenção das doenças cardiovasculares (da pesquisa à prática clínica), dieta à base de plantas na prevenção das doenças cardiovasculares (DCV), avanços da pesquisa clínica na área de nutrição, a busca pela excelência em medicina, arritmogênese disautonômica, morte súbita na cardiomiopatia chagásica, avaliação tecnológica em cardiologia, estratégias de anticoagulação da fibrilação atrial, dispositivos cardíacos em pacientes com insuficiência cardíaca, cardiopatia na mulher e na criança, sucesso do passado e desafios do futuro da cardiopatia congênita em adultos, aspectos distintos da prevenção e manifestação da doença cardiovascular na mulher, fisiopatologia do exercício em pacientes IC-DPOC overlap, até parâmetros do teste cardiopulmonar em pacientes com insuficiência cardíaca crônica.

Palestrantes internacionais do nível de Valentin Fuster, editor-chefe do Journal of the American College Cardiology (JACC) e ex-presidente da American Heart Association; Sir David Cox, célebre bioestatístico, de 96 anos; Sir Tirone David, cirurgião cardíaco e professor da Universidade"backgroundound-color: #NaNNaNNaN;">-color: #NaNNaNNaN;"> de Toronto, no Canadá; e Sir Adrian Smith, estatístico britânico, chefe-executivo do Instituto Alan Turing e presidente da Royal Society foram alguns dos destaques do Simpósio, que teve à frente a professora Gláucia e o professor associado don> Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da UFRJ e diretor do ICES, Mauro Paes Leme de Sá. Durante o evento, Sir Smith recebeu o título Doutor Honoris Causa da UFRJ, concedido em cerimônia do Conselho Universitário (Consuni) da UFRJ, pela magnífica reitora Denise Pires de Carvalho.

“Comemoramos meio século da pós-graduação em cardiologia de uma das principais instituições de ensino e pesquisa do país. Não tenho dúvida que o conhecimento produzido neste PPG é um dos alicerces da cardiologia no Brasil e que levou a especialidade ao reconhecimento internacional, por isso tivemos tantos profissionais de renome nesse evento”, enfatizou Luís Felipe Ribeiro Pinto, coordenador da área de Medicina 1 da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Desafios da cardiologia

Reduzir a mortalidade por complicações cardiovasculares é, na visão de Marcelo Queiroga, o maior desafio da cardiologia. Em sua participação do VII Simpósio do ICES, ele lembrou a importância de se transcender as fronteiras, visando uma atuação nacional e mundial na prevenção e redução da incidência de doenças crônicas não transmissíveis, principalmente as cardiovasculares, o que é uma da metas preconizadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “Devemos nos manter mobilizados no contexto desses objetivos, fazendo nossa parte nessa importante luta humanitária. Por isso, a difusão do conhecimento científico é um compromisso tão importante. Prática essa realizada pela SBC e permeada nesse evento do PPG em cardiologia da UFRJ”, ressaltou o presidente da SBC.

Ele também destacou a importância das políticas públicas de enfreamento às doenças cardiovasculares, o quanto é preciso união para que essas medidas se concretizem e todos os brasileiros tenham acesso à assistência médica e ao que há de melhor na cardiologia e que, para isso, o compromisso de ter o paciente em primeiro lugar tem de ser cumprido.

“O alvo de toda a atenção do médico é o bem-estar do paciente. É nisso que se funda o princípio da beneficência e é o compromisso milenar dos médicos. Essa base científica e ética para integrar a cardiologia está na formação científica ampla e aprofundada para o desenvolvimento de projetos de pesquisa e no conhecimento perene”, enfatizou Queiroga.

Fausto Pinto, presidente eleito da World Heart Federation (WHF) e diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, que participou do simpósio falando sobre endocardite infecciosa, concordou com Queiroga e destacou a parceria entre a instituição de ensino portuguesa e a UFRJ para promover o conhecimento técnico e a troca de informações e experiências com a comunidade médica dos dois países.

“Temos de nos empenhar e trabalhar para minimizar o impacto das doenças cardiovasculares e buscar soluções, juntos, para encontrar respostas para desenvolver estratégias ao enfrentamento deste grande desafio mundial. O PPG em cardiologia da UFRJ é um dos caminhos para combater essas enfermidades e nos prepararmos mais para, de forma mais eficaz, trabalharmos em prol dos pacientes e da comunidade que servimos”, salientou Fausto.

No evento, também foi feito o laçamento da plataforma Amuni Cardiologia UFRJ, que congregará os egressos, professores e alunos do PPG de cardiologia, e terá como missão promover a integração e o desenvolvimento dos alunos, ex-alunos, professores e profissionais da área cardiovascular, garantindo o aprimoramento contínuo da comunidade científica em todas as suas dimensões educacionais e sociais.

Dentro dessa plataforma será criado um canal de teleducação em doenças cardiovasculares, com vídeos educativos baseados nas patologias cardiovasculares mais prevalentes, que pretende conectar as univerdidades onde ex-alunos atuam no momento, promovendo o sentimento de pertencimento e o desenvolvimento acadêmico e profissional de seus associados, com o fim de beneficiar a comunidade científica do Estado do Rio de Janeiro.

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