SBC, em parceria com sociedades científicas, lança Campanha Saúde não tem Hora
SBC, em parceria com sociedades científicas, lança Campanha Saúde não tem Hora

23/07/2020, 18:28 • Atualizado em 21/12/2023, 17:30

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Ação chama atenção sobre os cuidados e o atendimento a emergências de doenças cardiovasculares e tratamento do diabetes em tempo de pandemia

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) promove a Campanha Saúde não tem Hora, que visa chamar a atenção sobre o atendimento a emergências de doenças cardiovasculares e tratamento do diabetes em tempos de pandemia.

Por receio de contaminar com o novo coronavírus e contrair a infecção Covid-19, mesmo com as recentes reaberturas, muitos pacientes portadores dessas enfermidades deixaram de ir ao médico para fazer o controle e o acompanhamento das doenças cardiovasculares e do diabetes e até mesmo de buscar auxílio quando necessário nos serviços de emergência. “O atendimento médico adequado é essencial para impedir as consequências das doenças cardiovasculares e do diabetes”, explica o presidente da SBC, Marcelo Queiroga.

A Campanha Saúde não tem Hora visa esclarecer a sociedade civil sobre aspectos relevantes do enfrentamento das doenças cardiovasculares, responsáveis por mais de 380 mil óbitos todos os anos no Brasil, diante da pandemia da Covid-19. “Trata-se de ação estratégica, realizada em conjunto com outras sociedades médicas e da sociedade civil, para informar sobre os riscos inerentes, por exemplo, ao infarto e acidente vascular cerebral (AVC), principais causas de óbito no Brasil”, destaca Queiroga.

O receio de contaminação pela Covid-19 é um dos principais fatores para a redução de quase 40% verificada nos atendimentos de emergência em decorrência do AVC.

Outro cenário que requer atenção se refere aos casos de infarto agudo do miocárdio, já que existe um aumento da mortalidade por doenças cardiovasculares, o que poderia ser evitado com atendimento de emergência ou mesmo com a atenção aos cuidados diários necessário aos portadores de doenças crônicas. Soma-se a isso, o fato de que são justamente esses pacientes os que mais correm riscos caso contraiam Covid-19.

Os portadores de comorbidades associadas às doenças cardiovasculares têm taxa de letalidade de até 10,5% quando contraída a infecção por SARS-CoV-2 e, por isso, precisam buscar orientação e atendimentos adequados.

A SBC já vinha acompanhando a situação devido à redução no número de atendimentos cardiológicos de urgência em o todo o país durante a pandemia. Como não havia informações consolidadas nem uma explicação única sobre a diminuição, apenas o fato de as pessoas não estarem chegando às emergências, mas mortes por causas cardíacas continuarem acontecendo, tendo a Covid-19 como um fator complicador, em parceria com a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Brasil (Arpen-Brasil), a entidade analisou, interpretou e consolidou, com o apoio de médicos e pesquisadores das Universidades Federais de Minas Gerais (UFMG) e do Rio de Janeiro (UFRJ), os óbitos em domicílios por doenças cardiovasculares.

As informações disponíveis no Portal da Transparência (https://transparencia.registrocivil.org.br) mostram que houve aumento de 31,82% no número de óbitos em domicílio por doenças cardiovasculares, incluindo AVC, infarto e doenças cardiovasculares inespecíficas, como a parada cardiorrespiratória e a morte súbita, no período de 16 de março – quando aconteceu a primeira morte por Covid-19 – até o fim de junho de 2020. Foram registradas 23.342 mortes nos meses de pandemia, enquanto no ano passado, no mesmo período, foram 17.707.

Somente as mortes em domicílio causadas por doenças cardiovasculares inespecíficas registraram um aumento de 90,06%. Foram 9.640 mortes durante a pandemia, ante 5.072 no mesmo período do ano passado. “Neste momento de crise de saúde pública, é muito importante informar aos pacientes cardiopatas sobre os riscos que correm ao se contaminarem com o coronavírus e sobre a necessidade de se cuidarem e se protegerem ser ainda maior, assim como seguir seus tratamentos específicos, conforme prescrição médica, e buscar auxílio médico quando necessário”, alerta o presidente da SBC.

A Campanha Saúde não tem Hora vai mobilizar médicos e pacientes para ampliar a conscientização sobre a necessidade de se manter os cuidados diários com o tratamento das doenças cardiovasculares e do diabetes, além de identificar os sinais de alerta para as emergências médicas relacionadas ao infarto e ao AVC.

A ação é iniciativa da SBC com a Sociedade Brasileira de Diabetes, Associação Brasileira de Medicina de Emergência, Rede Brasil AVC e Associação de Diabetes Juvenil, com o apoio da Boehringer Ingelheim. “A parceria com as sociedades médicas é fundamental para ampliarmos as possibilidades de ter êxito nesta campanha e mostrar como esta mobilização pode auxiliar pacientes, cuidadores e profissionais de saúde. O atendimento aos pacientes é multidisciplinar e devemos atentar também para ouvi-los que são objetivo sempre”, conclui Queiroga.

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