Menor tempo na faixa terapêutica durante período de adaptação aumenta risco de AVC e sangramento
Menor tempo na faixa terapêutica durante período de adaptação aumenta risco de AVC e sangramento

29/09/2022, 19:23 • Atualizado em 21/12/2023, 17:30

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Pesquisa avaliou pacientes com fibrilação atrial não valvar tratados com varfarina

Isolando um subgrupo importante para ocorrências de AVC e sangramentos, o artigo Qualidade da Anticoagulação Oral em Pacientes com Fibrilação Atrial em um Hospital Terciário no Brasil, publicado na última edição dos Artigos Brasileiros de Cardiologia (ABC Cardiol), avaliou dados de 203 pacientes em um hospital terciário no Brasil. O trabalho é resultado da dissertação de mestrado de Karina Nogueira Dias Secco Malagutte. Segundo Silméia Garcia Zanati Bazan, da Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (Unesp) e orientadora do estudo, a pesquisa concluiu que a qualidade da anticoagulação neste hospital terciário no Brasil é semelhante ao de outros países em desenvolvimento.

Para avaliar a qualidade do tratamento, o estudo avaliou a estabilidade da razão normalizada internacional (RNI) em pacientes com fibrilação atrial não valvar tratados com varfarina (AVK). A cardiologista afirma que “pacientes que apresentaram maior instabilidade de RNI no período de adaptação também apresentaram tempo de intervalo terapêutico (TTR) mais baixo, ou seja, permaneceram menos tempo na faixa terapêutica durante o seguimento e tiveram maior chance de AVC e sangramentos”.

O estudo concluiu que a individualização dos tratamentos com anticoagulantes para estes é recomendada, assim como considerar a relação custo-benefício. “Idealmente a escolha terapêutica dos pacientes que necessitam de anticoagulação, deveria ser reavaliada após seis meses de tratamento (período de adaptação), com o cálculo do TTR. Caso o paciente apresentasse RNI instável nesse período, ou seja, TTR < 60% a melhor opção terapêutica e com melhor custo-benefício seriam os DOACs, afim de diminuir a chance de AVC e sangramentos neste grupo de pacientes”, afirma Silméia.

Em relação às pistas para novos estudos, a cardiologista destaca o uso do TTR como ferramenta de avaliação da qualidade da anticoagulação em outros centros. “Isso possibilita a realização de estudos multicêntricos de custo benefício no Brasil sobre o uso de DOACs versus AVK para o subgrupo de pacientes com maior instabilidade de RNI na fase de adaptação”, diz a médica.

Novidades em anticoagulação

A programação do World Congress of Cardiology (WCC), que será sediado no Rio de Janeiro simultaneamente ao Congresso Brasileiro de Cardiologia (CBC), conta com nove atividades sobre anticoagulação, incluindo as mesas Abordagem atual da fibrilação atrial (13 de outubro, no Auditório 01, às 9h) e Atualização em fibrilação atrial (13 de outubro, no Auditório 01, às 15h40) que serão transmitidas ao vivo.

O joint symposium da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e a American College of Cardiology (ACC) é um dos destaques e acontece no Auditório 05, em 14 de outubro, às 15h10. O simpósio reúne os norte-americanos Athena Poppas, Joseph Marine, Edward Fry e Richard Chazal com os brasileiros Antonio Carlos Palandri Chagas, David de Pádua Brasil e Marcus Vinícius Bolívar Malachias.

Para inscrever-se no WCC 2022, clique aqui.

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