Melhora na estrutura cardíaca em ratos após cardiomiopatia induzida por doxorrubicina, diz pesquisa
Melhora na estrutura cardíaca em ratos após cardiomiopatia induzida por doxorrubicina, diz pesquisa

05/12/2022, 12:13 • Atualizado em 21/12/2023, 17:30

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Os resultados ajudam no manejo dos efeitos cardíacos provocados pelo medicamento frequentemente utilizado em tratamentos quimioterápicos

Um estudo realizado na Universidade Federal de Uberlândia contribui para a expansão da literatura sobre a melhora nos efeitos cardíacos provocados pela doxorrubicina em ratos submetidos a um protocolo de treinamento físico.

A pesquisa Physical Training Improves Cardiac Structure and Function of Rats After Doxorubicin-Induced Cardiomyopathy foi divulgada na última edição do International Journal of Cardiovascular Sciences (IJCS), periódico internacional da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

Sabe-se, de acordo com a literatura disponível, que o exercício físico funciona como um protetor para a disfunção cardíaca em pacientes que realizaram quimioterapia, particularmente quando se utiliza a doxorrubicina.

Até agora essa proteção só era comprovada em situações específicas, quando o paciente já possuía uma rotina de treinamento físico iniciada previamente ao tratamento.

O presente estudo amplia a investigação sobre o tema, observando os efeitos do exercício em pacientes após o início do tratamento, com foco principal na cardiomiopatia induzida pela doxorrubicina.

Pesquisadores do Grupo CardioEx, da Universidade Federal de Uberlândia, buscaram compreender os efeitos do treinamento físico na estrutura miocárdica, função cardíaca e tolerância ao exercício após o início da cardiotoxicidade induzida por cardiotoxicidade em ratos Wistar.

O estudo investigou 30 ratos Wistar machos adultos divididos aleatoriamente em quatro grupos: controle (C), exercício (EX), doxorrubicina (DX) e doxorrubicina e exercício (DXEX).

“Nós utilizamos um modelo de insuficiência cardíaca produzida pela doxorrubicina, para entender se o exercício físico melhoraria os parâmetros funcionais, como fração de ejeção e tolerância ao esforço característicos no padrão de insuficiência cardíaca”, diz Fernanda Rodrigues, pesquisadora do grupo.

De acordo com a literatura pode-se afirmar, que, no modelo utilizado, o exercício físico funciona como um protetor após uso do quimioterápico. No momento do desenvolvimento da pesquisa, essa proteção só havia sido demonstrada quando utilizada antes e durante o tratamento.

“Quando iniciamos o estudo, não existiam muitos trabalhos nesta linha de pesquisa. A maioria estudava questões relacionadas ao comprometimento cardíaco após o uso da doxorrubicina, mas não trabalhavam em associação com o exercício físico”, explica Fernanda.

O artigo é parte do trabalho de doutorado da pesquisadora e rendeu frutos para outras investigações. Um estudo similar, utilizando o exercício anaeróbico, já foi realizado pelo mesmo grupo de pesquisa, e apresentou resultados parecidos.

Esta constatação precisa agora ser estendida, verificando se este fato também ocorre no ser humano. Se a ação protetora for comprovada, vai possibilitar uma reordenação nos serviços oncológicos e cardiológicos visando um melhor atendimento à saúde do paciente.

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