Consumo moderado de chocolate reduz fatores de risco para doenças do coração
Consumo moderado de chocolate reduz fatores de risco para doenças do coração

18/03/2022, 13:53 • Atualizado em 21/12/2023, 17:30

Chocolate é rico em flavonoides, que têm efeito anti-inflamatório e antioxidante, ou seja, protege as células contra os efeitos dos radicais livres

No dia 26 de março é comemorado o Dia do Cacau. A data foi criada para promover um debate sobre como proteger os cacaueiros dos estados do Espírito Santo e Bahia, mas também serve como reflexão a respeito de como o chocolate, principal produto originário do cacau, interfere na nossa saúde, principalmente em relação a doenças do coração.

Em 2019, foi publicado no International Journal of Cardiovascular Sciences (IJCS), da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), uma pesquisa que associou o consumo de chocolate a menor taxa de hipertensão e diabetes, fatores de risco para doenças cardiovasculares.

O chocolate é rico em flavonoides, que têm efeito anti-inflamatório e antioxidante, ou seja, protege as células contra os efeitos dos radicais livres produzidos pelo organismo. O consumo também aumenta a função do óxido nítrico no nosso corpo, que reduz a pressão arterial e aumenta o fluxo vascular. “Tudo isso contribui para evitar a aterosclerose, que é a inflamação causada pelo acúmulo de gorduras, colesterol e outras substâncias nas paredes das artérias e dentro delas”, explica Claudio Tinoco Mesquita, editor-chefe do IJCS (SBC), professor associado de Medicina da Universidade Federal Fluminense e coordenador do setor de Medicina Nuclear do Hospital Pró-Cardíaco, do Rio de Janeiro.

Mas o grande problema do chocolate são as calorias, pois, para ser mais palatável, são acrescentados açúcar, leite e gordura em algumas formulações, podendo levar à obesidade se consumido em excesso, ampliando as chances de doenças do coração. O mais adequado para reduzir os riscos é ingerir 45 gramas por semana, segundo artigo publicado no British Medical Journal, que avaliou 14 publicações sobre o assunto e estipulou uma meta válida, equilibrando benefício e quantidade.

Estudos também mostram que quanto maior é o percentual de cacau, maiores são os benefícios. “O mais saudável é o chocolate preto e mais amargo possível. O chocolate branco tem mais gordura e o amargo possui menos açúcar”, orienta Mesquita. Segundo o médico, nenhum deles precisa ser evitado.

Na hora da compra, o consumidor deve se atentar à quantidade mínima de cacau e tomar cuidado com os falsos chocolates. Um a cada três chocolates vendidos no Brasil não possui o percentual mínimo de cacau exigido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que é de pelo menos 25%. Muitos não chegam nem a 5%.

Outra questão que merece atenção são os chocolates light e diet. Um produto light tem 25% menos nutrientes, já o diet não tem nenhum nutriente. “O ovo de páscoa diet, por exemplo, não contém açúcar, mas pode possuir muita gordura. Também não é recomendado o consumo regular de achocolatados, pois têm uma alta quantidade de calorias”, comenta Mesquita.

Se o desejo é por chocolate, o mais saudável, de acordo com o médico, é optar por uma barrinha pequena. “Como em outras coisas na vida, a moderação parece ser a melhor opção”, finaliza.

Logotipo da SBC

Sede - São Paulo

Alameda Santos, 705

11º andar - Cerqueira César

São Paulo - CEP: 01419-001

E-mail: sbc@cardiol.br

Sede - Rio de Janeiro

Av. Marechal Câmara, 160

3º andar - Sala: 330 - Centro

Rio de Janeiro - CEP: 20020-907

E-mail: sbc@cardiol.br

Telefone: (21) 3478-2700

Redes sociais

Link para LinkedInnLink para FacebookLink para TwitterLink para YouTubeLink para Instagram

Baixe o app Cardiol Mobile

Apple Store BadgeGoogle Play Badge
Certificação 9001 da SBC