Cardiologistas internacionais integram iniciativa de pesquisa da SBC
Cardiologistas internacionais integram iniciativa de pesquisa da SBC

30/07/2020, 16:56 • Atualizado em 21/12/2023, 17:30

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Renomados médicos dos Estados Unidos e de Portugal elogiaram a Estatística Cardiovascular Brasil: 2020

O lançamento da Estatística Cardiovascular Brasil: 2020 – plataforma on-line com milhares de dados sobre as doenças cardiovasculares desenvolvida pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) – contou com a participação de dois renomados pesquisadores internacionais em cardiologia, a norte-americana Emelia Benjamin, professora de Epidemiologia na Boston University School of Public Health; e o português Fausto J. Pinto, presidente eleito do World Heart Federation e diretor da Faculdade de Medicina de Lisboa. A apresentação da base que reúne informações, números e pesquisas entre 1990 e 2017 foi apresentada em um webinar no último sábado, dia 25 de julho.

Apresentada pelo moderador da live e um dos idealizadores da plataforma, Antonio Luiz Pinho Ribeiro, como uma apaixonada pelos estudos em fibrilação arterial, a professora Emelia Benjamin abordou justamente o tema epidemiologia da fibrilação arterial em sua palestra. Ela destacou o aumento da incidência dessa doença no mundo nos últimos anos, mostrando que atingia 46,3 milhões de indivíduos em 2016. “Mas a maior parte desses casos foram registrados na América do Norte e na Europa, no entanto, não sabemos se isso é porque não há estudos epidemiológicos nas outras partes do mundo, por isso que estou tão animada com a Estatística Cardiovascular Brasil”, explicando que sempre sonhou em ver outros países além dos Estados Unidos realizassem esse tipo de estatística.

Em sua pesquisa realizada ao longo dos últimos cinco anos em parceria com dezenas de pesquisadores de todo o mundo, incluindo os brasileiros Antonio Ribeiro e Luisa C. Brant, Emelia considerou informações como gênero e a faixa etária dos pacientes para analisar a prevalência da fibrilação arterial. Também calculou os riscos genéticos e clínicos – que incluem raça, peso, se a pessoa é fumante ou possui hipertensão ou diabetes, por exemplo.

A médica, que apoiou o estudo da SBC desde o princípio, destacou ainda a importância do barateamento da tecnologia que pode ajudar no controle e prevenção da doença, citando os aplicativos de celular e relógios que controlam os batimentos cardíacos. “A minha esperança para os Estados Unidos e para o Brasil, ambos países devastados pela Covid-19, é que nós possamos aproveitar a oportunidade vinda com essa pandemia para aprimorar os cuidados de healthcare aos indivíduos em vulnerabilidade social”, completou.

Totalmente voltado à pandemia de Covid-19, o estudo apresentado pelo pesquisador português re #NaNNaNNaN;">cebeu o título de “Doenças cardiovasculares em tempo de pandemia: um caso de doença negligenciada?”. Para Fausto J. Pinto, é preciso passar a mensagem disruptiva que “não temos tratamento para a Covid-19, mas temos para as doenças cardiovasculares e devemos tratá-las”, disse ele.

Embora classifique como bem-sucedida as medidas de isolamento social adotadas no início da pandemia em Portugal, Fausto J. Pinto apresentou números que revelam o aumento de mortalidade por doenças cardiovasculares no país durante a pandemia, quando os atendimentos médicos foram restritos a casos de urgência e emergência e houve interrupção dos tratamentos eletivos. De acordo com o cardiologista, o número de intervenções coronarianas realizadas em Portugal de abril a março de 2020, por exemplo, foi um terço do total realizado no mesmo período do ano anterior.

“Verificou-se também um outro aspecto que nos preocupa muito, e isso foi global. Temos uma estatística da Áustria de que houve diminuição na ordem de 50% no número de pacientes internados ou que foram ao hospital com síndrome coronariana aguda. O motivo principal era o medo, sobretudo na primeira fase durante a pandemia”, afirmando que tal atitude levou ao aumento de óbitos em casa. “As doenças cardiovasculares continuam matando 17,9 milhões de pessoas por ano e isso não vai desaparecer com a pandemia”, completou.

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