Associado da SBC é nomeado diretor-presidente da Fundação Adib Jatene
Associado da SBC é nomeado diretor-presidente da Fundação Adib Jatene

28/09/2020, 13:43 • Atualizado em 21/12/2023, 17:30

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O cardiologista Roberto Vieira Botelho assumiu como diretor presidente da Fundação que apoia diretamente as atividades de assistência, pesquisa e ensino do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia

Cardiologista, associado há 26 anos à Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Roberto Vieira Botelho foi nomeado diretor-presidente da Fundação Adib Jatene (FAJ), entidade de natureza cultural e técnico-científica, sem fins lucrativos e filantrópicos, que apoia o Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC), fomentando suas atividades de assistência, pesquisa e ensino.

O médico assumiu a presidência da FAJ no mês de setembro, substituindo José Roberto Mendonça de Barros, que continuará como membro do Conselho Curador. Os mandatos têm duração de dois anos – os nomes para o cargo são sugeridos e aprovados pelos próprios membros do conselho.

Formado em Medicina pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), a ligação de Botelho com a SBC se iniciou ainda na graduação, quando passou a frequentar os congressos organizados pela Sociedade. Posteriormente, em 1991, ingressou na Residência em Cardiologia do próprio IDPC; após o título, tornou-se sócio e segue ativamente usufruindo da rede de relacionamento produtiva que a SBC oferece.

“O tempo e a experiência me permitiram ter, a cada ano, mais clareza sobre a importância da SBC para o cardiologista. As sociedades médicas, quando ganham membros bem qualificados, aumentam sua massa crítica e colaboração global. Percebi, claramente, que a força da SBC em conversar com outras sociedades e compartilhar conhecimento é muito maior do que a capacidade individual. Acredito que este é o maior propósito da SBC: os cardiologistas se organizarem em grupo, ganhando criticidade, e essa criticidade dá relevância para que a Sociedade se relacione em uma esfera global na busca e na construção do conhecimento”, ressalta Botelho.

O presidente explica que já participava, há dois anos como membro do Conselho Curador da FAJ e que desde então acompanha a gestão da Fundação bem como os desafios enfrentados pelo IDPC. São reuniões trimestrais desse conselho, com atenção constante aos pontos mais relevantes do Instituto, cuja atuação é abrangente e atende a um número considerável das demandas da cardiologia brasileira.

Estímulo – Há quase quatro décadas, parceria entre a FAJ e o IDPC visa a estimular e realizar pesquisas, prestar serviços na área de saúde, engenharia biomédica, biofísica, física médica e instrumentação; promover tanto o desenvolvimento quanto a disseminação de conhecimento científico e tecnológico inerentes à gestão de operações e atividades ligadas à área da saúde; bem como desenvolver e executar projetos de ensino e pesquisa em matéria de interesse médico-hospitalar.

Botelho lembra que o médico Dante Pazzanese, que dá nome ao IDPC, foi quem organizou os primeiros cursos de Cardiologia do Brasil e é o responsável por trazer ao país o primeiro eletrocardiograma. Nesse âmbito, Pazzanese passou a liderar um grupo de cardiologistas entusiastas que formaram a SBC.

“Podemos dizer que a SBC, de alguma forma, nasceu nos ambientes do IDPC. E a FAJ foi criada para apoiar o IDPC tanto na estrutura, quanto na gestão e assistência, mas fundamentalmente na pesquisa e no ensino. Essa casa sempre teve um ambiente de bioengenharia muito forte e uma geração de patentes muito interessante. A FAJ nasceu com esse propósito, de apoio ao IDPC, não exclusivamente, mas predominantemente. Gerou-se uma relação que se tornou imprescindível a este hospital público, em fontes alternativas de recursos e alguns momentos em agilidade para execução de projetos essenciais ao andamento do hospital”, fala Botelho.

Formação continuada – Para o médico, o incentivo ao ensino e à pesquisa está no DNA da Fundação, que apoia a residência médica e tem em seu estatuto o desenvolvimento de cursos de pós-graduação lato sensu. O IDPC- FAJ é intimamente ligado à educação, cuja amplitude é nacional. O curso de Cardiologia do IDPC – o mais antigo do Brasil, em sua septuagésima oitava edição –, capacita médicos de toda a América Latina.

“Sem dúvida, ao longo da história, o IDPC-FAJ tem contribuído para a educação de médicos. Mais intensamente nesses últimos anos vem se acelerando a transformação digital, e o IDPC-FAJ está sintonizado com isso, canalizando seus esforços e recursos para criação do conhecimento digital, tornando seu alcance ainda maior na pesquisa, educação e assistência”, ressalta o presidente.

Transformação digital – O IDPC-FAJ possui um ecossistema diferenciado, desde laboratórios de bioengenharia, centros de treinamento, até o hospital propriamente dito, que é uma ferramenta de ensino pragmático, além da residência e pós-graduação. De acordo com Botelho, o IDPC-FAJ já dá os primeiros passos para se dedicarem ao ambiente digital para o tratamento dos recursos que se originam desse âmbito.

“Eu destaco o desenvolvimento de algoritmos de inteligência artificial, a computação cognitiva, a telemedicina com toda sua abrangência, o big data. O IDPC e a Fundação têm uma grande colaboração com o estado de São Paulo para o desenvolvimento de massa crítica em big data e as explorações desse sistema. Há interesse enorme em real world evidence, ou evidência de mundo real, que é a mineração de dados em ferramentas especiais para que possamos buscar, em informação não estruturada, sinais estruturados para pesquisa”, antecipa Botelho.

De acordo com o presidente da FAJ, tais projetos tendem a encurtar o tempo de protocolos de pesquisa, reduzir o custo e ampliar as oportunidades de colaboração por meio de computação nas nuvens. O IDPC -FAJ está atento a esse campo da transformação digital em saúde para inserir os profissionais da área nesse ambiente, a fim de assumir a liderança nessas verticais.

O médico Adib Jatene, que dá nome à FAJ, foi notório pesquisador e sua principal característica, segundo Botelho, foi o relacionamento com diversas áreas do conhecimento, como a engenharia, a matemática e a computação, chegando, inclusive, a desenvolver modelos de coração artificial junto a engenheiros da Marinha.

O mindset de Jatene ficou de herança tanto para a FAJ quanto para o IDPC, que compõem um cluster, em que se enxergam oportunidades de colaboração entre várias interfaces. “Os pesquisadores, sejam da área de computer science, sejam de engenharia biomédica, da biologia molecular, da genética ou do big data, encontram nesse ambiente as oportunidades de compreender as dores do sistema de saúde. Destaco que o equipamento de saúde, o hospital, só perde em complexidade para o aeroporto. Com isso há oportunidade de aproveitamento desse cluster e de levá-lo a se relacionar com os ecossistemas pelo mundo para produzir conhecimento”, fala Botelho.

O presidente considera o binômio IDPC-FAJ riquíssimo, além de ser propriedade nacional. Não se trata de instituição que se restringe às ações do estado de São Paulo, mas sim que se relaciona com todo o país. Tanto é assim, que Botelho reside em Minas Gerais e hoje colabora com o conselho da FAJ, apoiando a instituição onde se especializou em cardiologia.

“Esse é um ciclo muito bonito da vida – devolver às instituições aquilo que elas nos deram. Além disso mostra a interdisciplinaridade e o ambiente cosmopolita do IDPC-FAJ, que não está restrito à cidade nem ao estado de São Paulo”, sentencia.

É válido ressaltar que o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Saúde, tem 42 hospitais de administração direta, e o IDPC é o único que conta com uma fundação de apoio. Além disso, a FAJ é a primeira no sistema da Divisão de Auditoria Eletrônica de São Paulo (Audesp), ligada ao Tribunal de Contas do Estado, que realiza massivo processamento eletrônico de dados de órgãos jurisdicionados.

“O Audesp audita e busca transparência de cargos e salários, e nos últimos cinco anos não há nenhuma pendência com a FAJ. É um modelo de fundação conduzindo um trabalho sério e supervisionado pelo Tribunal de Contas”, garantiu Botelho.

Para o presidente da SBC, Marcelo Queiroga, a investidura de Roberto Botelho como presidente da Fundação Adib Jatene é o coroamento de uma trajetória muito bem sucedida na área da pesquisa e assistência na cardiologia. “Botelho tem grande identificação com o Professor Adib, certamente, teria o seu apoio integral para a elevada função que vai exercer”, afirmou Queiroga.

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