Artigo investiga efeitos da quimioterapia no coração de pacientes com linfoma
Artigo investiga efeitos da quimioterapia no coração de pacientes com linfoma

14/06/2022, 18:32 • Atualizado em 21/12/2023, 17:30

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Análise considerou tomografia por emissão de pósitrons associada a tomografia computadorizada (PET/CT) com 2-[18F]-fluoro-2-desoxi-D-glicose (18F-FDG PET/CT) antes, durante e/ou após a quimioterapia

A cardiotoxicidade (CTX) induzida por quimioterapia e radioterapia abrange várias formas de lesão ao sistema cardiovascular que induz uma produção aumentada de espécies reativas de oxigênio (EROs) e de nitrogênio, peroxidação lipídica e inflamação. Tal quadro leva à apoptose de cardiomiócitos e à fibrose intersticial, aumentando o risco de disfunção endotelial coronariana, disfunção ventricular esquerda e insuficiência cardíaca.

Atualmente a CTX é monitorada por ecocardiografia periódica para avaliação de fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) reduzida e/ou strain longitudinal global reduzido. No entanto, o diagnóstico de CTX baseado nesses parâmetros de função cardíaca é feito tardiamente, e pode ser indicativo de uma lesão importante e irreversível do miocárdio. Assim, é necessário examinar anormalidades do miocárdio a nível subcelular para uma avaliação sensível e precoce de CTX induzida por medicamentos.

A medicina nuclear tem se mostrado muito útil para identificar doenças subclínicas induzidas por tratamento do câncer. A tomografia por emissão de pósitrons, associada a tomografia computadorizada (PET/CT) com 2-[18F]-fluoro-2-desoxiD-glicose (F-FDG), é amplamente utilizada na oncologia, principalmente em pacientes com linfoma. A captação e distribuição tecidual de 18F-FDG é variável, e dependente de vários fatores, tais como glicemia, período de jejum e medicamentos.

Além disso, dados recentes sugerem que o acúmulo miocárdico de 18F-FDG não se deve totalmente ao consumo de glicose. A retenção do marcador mostrou-se dependente da atividade da enzima hexose-6-fosfato desidrogenase (H6PD) no retículo endoplasmático (RE). Essa enzima pode processar muitas hexoses, incluindo FDG, e desencadear uma via de fosfato pentose, preservando níveis de NADPH em resposta a estados de estresse oxidativo, como a CTX.

Estudo intitulado “Aumento de captação cardíaca de F-FDG induzida por quimioterapia em pacientes com linfoma: Um marcador precoce de cardiotoxicidade?”, publicado nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia de junho buscou identificar potenciais sinais metabólicos precoces de lesão cardíaca pela avaliação da captação miocárdica de 18F-FDG por PET/CT em pacientes com linfoma antes, durante e/ou após quimioterapia.

Referência: DouradoMLC, DompieriLT, LeitãoGM, MouratoFA, SantosRGG, Almeida FilhoPJ, Markman FilhoB, et al. Aumento de Captação Cardíaca de 18F-FDG Induzida por Quimioterapia em Pacientes com Linfoma: Um Marcador Precoce de Cardiotoxicidade?. Arq. Bras. Cardiol. 2022;118(6):1049-58.

Leia o artigo na íntegra e acompanhe as conclusões: Aumento de captação cardíaca de F-FDG induzida por quimioterapia em pacientes com linfoma: Um marcador precoce de cardiotoxicidade?

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