Andréa Brandão assume presidência do Conselho Administrativo da SBC em 2023
Andréa Brandão assume presidência do Conselho Administrativo da SBC em 2023

14/12/2022, 12:21 • Atualizado em 21/12/2023, 17:30

Em entrevista, a nova presidente conta sua trajetória de mais de 30 anos na entidade e seus desafios na nova posição

O interesse pela Cardiologia e, particularmente, pela SBC, surgiu ainda quando fazia faculdade de medicina na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e já frequentava os Congressos realizados à época. Dentro de casa, obviamente, também não faltavam estímulos. Em suas próprias palavras, Andréa Brandão, nova presidente do Conselho Administrativo da Sociedade Brasileira de Cardiologia, costuma dizer que “respirava a Cardiologia" desde muito cedo.

Filha do professor e ex-presidente da SBC, Ayrton Pires Brandão, a médica Andréa Brandão tornou-se sócia da entidade em 1989, quando ainda fazia sua residência e, desde então, construiu uma trajetória muito consistente.

Tudo isso em paralelo ao desenvolvimento de uma carreira brilhante como médica e acadêmica, conquistando o doutorado em Cardiologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e o cargo de Professora Titular de Cardiologia na UERJ em 2019.

Antes de se tornar presidente do Conselho Administrativo da SBC, posição que assumirá a partir de 01 de janeiro do próximo ano, Andréa Brandão exerceu diversas funções e ocupou com competência e dedicação outros cargos importantes na Sociedade, como presidente do Departamento de Hipertensão Arterial (DHA), no biênio de 2006-2007, a Diretoria Financeira da entidade na gestão do ex-presidente Jorge Ilha Guimarães, entre os anos de 2010-2011, e a Diretoria de Departamentos na gestão do ex-presidente Marcelo Queiroga em 2020-2021.

Sua experiência na diretoria financeira foi fundamental para conhecer todos os processos, projetos e a importância de cada área da entidade, o mesmo quando ocupou a coordenação de planejamento estratégico em 2016-2017 e na diretoria de Departamentos da SBC em 2020-2021.

Ao longo destes anos, Andréa Brandão participou de várias composições da Cecon (Comissão Executiva Organizadora da Programação Científica) contribuindo para realização de diversos Congressos.

Esta trajetória foi importante para assumir a presidência do 77º Congresso Brasileiro de Cardiologia que aconteceu em outubro de 2022, no Rio de Janeiro, em conjunto com o Congresso Mundial de Cardiologia, uma realização da SBC e da World Heart Federation. O evento foi o maior e mais importante já realizado na história da SBC e um dos maiores congressos no Brasil, alcançando a marca de mais de 12 mil congressistas de 60 países diferentes.

Entusiasta da representatividade regional da SBC, que passa pelo fortalecimento das sociedades estaduais, Andréa Brandão também é atuante na Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro, a SOCERJ, entidade que presidiu no biênio 2018-2019. Para conhecermos um pouco mais sobre seu perfil, o que pensa sobre o futuro da nossa entidade e os principais pontos de sua agenda como presidente do Conselho Administrativo em 2023, apresentamos uma entrevista exclusiva e imperdível com Andréa Brandão, que assume o segundo ano do novo modelo de governança que entrou em vigor em 2022.

Para ela, o desafio na posição de presidente do Conselho Administrativo é equivalente a "liderar um conjunto de líderes". Confira!

1) Neste ano de 2022, a senhora ocupou a vice-presidência do Conselho Administrativo da SBC e agora assume a presidência em 2023. Como foi esta experiência e como ela deve ajudar neste novo desafio?

2022 foi um marco importante para a SBC, o ano em que implementamos o novo modelo de gestão da entidade. No início, concentramos nossas atividades em estabelecer funções, regras, rotinas e definição de grupos de trabalho. Desta forma, passamos por um período de elaborações e revisões de diversos regimentos, definições dos comitês e das várias comissões para criarmos sinergia ao modelo de governança proposto, que não era mais representado por diretores de áreas ou por um presidente, mas, sim, por times que dividem tarefas e se dedicam a desenvolver, implementar e executar os projetos, tendo o Conselho Administrativo como norte estratégico da SBC. Neste primeiro ano, já percebemos melhorias em praticamente todos os seus processos, houve um avanço enorme na gestão da SBC e o fato de fazer parte, como vice-presidente, desde o início desse novo modelo de Conselho foi importante e, sem dúvida, facilitará muito a continuação do meu trabalho no próximo ano.

2) A senhora assume a presidência do Conselho Administrativo da SBC no segundo mandato vigente sob o novo modelo de governança da entidade. Quais as vantagens deste novo modelo, como a senhora avalia a gestão sob este novo prisma?

A mudança no modelo de governança foi extremamente positiva para a SBC. O Conselho Administrativo (CA), composto por dez membros, dois de cada região do país, é eleito pelos associados delegados, o que reforça a importância das estaduais. Esta configuração permite uma experiência extremamente rica no sentido da diversidade e do debate de ideias a partir de diferentes vivências regionais e de atuações em diferentes subáreas da cardiologia.

A decisão é sempre colegiada, não há mais o poder concentrado no presidente, o que é muito mais proveitoso, saudável e seguro para a organização. Outro aspecto de interesse é que o CA renova um terço dos seus membros anualmente e o presidente do CA tem um mandato de um ano; desta forma, o sistema permite grande dinamismo e renovação de ideias e ações, sem perder a memória e a continuidade de projetos de médio e longo prazo.

O Conselho trabalha através de um Planejamento Estratégico, com metas de prazos variados, construído com muito cuidado. Assim, estabelece as prioridades, os pilares estratégicos da SBC e, a partir disso, os projetos são definidos e seus planos elaborados. Então, estar na vice-presidência neste momento tão rico e ao mesmo tempo desafiador foi muito importante para poder, junto com o presidente de 2022 João Fernando Monteiro Ferreira, fazer essa ponte entre o Conselho Administrativo e a operação da SBC, que é liderada pelo superintendente, Luiz Felipe Costamilan e toda sua equipe de gerentes.

3) A senhora foi presidente do 77º Congresso Brasileiro e Mundial de Cardiologia. Como foi esta experiência e o que a senhora considera importante como legado deste evento histórico?

A SBC mostrou uma capacidade fantástica para realizar um evento à altura dos maiores congressos internacionais como o da European Society of Cardiology, do American College of Cardiology e da American Heart Association.

Temos a convicção de que nosso Congresso foi impressionante para quem esteve presente, causou uma experiência marcante para as pessoas. Esse é um dos nossos grandes legados, primeiro, por fortalecer nossa presença no cenário científico nacional e internacional de forma mais clara e em outro patamar. Segundo, acreditamos que a cardiologia brasileira ganhou visibilidade e passa a ser mais valorizada pelas sociedades internacionais, incluindo a América Latina; de fato, tivemos uma presença latino-americana muito significativa no evento, maior que em anos anteriores.

Trabalharemos cada vez mais para tornar o Congresso Brasileiro de Cardiologia uma referência, do ponto de vista científico e de organização, um importante protagonista no continente Latino-Americano, incluindo a América Central.

Além de todos estes aspectos que nos enchem de orgulho, o maior legado é o fortalecimento da SBC junto ao seu sócio, reforçando o nosso compromisso em atuar em prol da ciência, da educação e das melhores práticas médicas no contexto das doenças cardiovasculares. O vínculo dos cardiologistas com a SBC foi renovado e reforçado. Queremos que os associados tenham a instituição como sua referência científica e de networking, que seja uma facilitadora para interações nacionais e internacionais, para projetos de pesquisa e para qualificação profissional.

Em resumo, um evento grandioso como este, em que as pessoas se sentiram orgulhosas em fazer parte deste Congresso, foi possível mostrar ao mundo o potencial da SBC e da cardiologia brasileira, o que nós fazemos e a nossa capacidade de realização.

4) Quais são os desafios que a senhora considera importantes em 2023 na sua gestão frente à presidência do Conselho Administrativo e qual sua expectativa? Como a SBC pode avançar em suas entregas junto aos sócios e para toda sociedade brasileira? Acredito que o primeiro aspecto é efetivamente consolidar esse modelo de governança, para trazer ainda mais representatividade e participação de sócios das diferentes partes do Brasil, de diferentes áreas e subáreas da Cardiologia. Acho fundamental ainda, ampliar a aproximação junto às estaduais e departamentos científicos, buscando mais integração e, ao mesmo tempo, uma capilarização maior das ações da SBC através desses segmentos. Trabalharemos para tornar a SBC mais presente e representada por meio de suas estaduais e departamentos, buscando apoiar suas atividades e oferecer ferramentas que permitam desenvolver seus planos e projetos de maneira mais consistente e com maior entrega, mais resultados.

Além disso, outro ponto central de trabalho em 2023 será a comunicação. A SBC deve trazer informações sobre as ações e projetos institucionais que estão em andamento e seus principais resultados de forma mais contínua. Queremos que o sócio participe cada vez mais de nossa instituição e pretendemos abrir mais espaços para ouvir os cardiologistas sobre suas expectativas junto à SBC.

Para o futuro, além dos eventos e conteúdos científicos, vamos trabalhar em atividades focadas em iniciativas que atraiam o jovem cardiologista, além das relacionadas à obtenção do Título de Especialista em Cardiologia. Sabemos que podemos e devemos fazer mais pelo jovem cardiologista, deixando mais claro quais são os benefícios associativos e nossos diferenciais para seu desenvolvimento profissional, entregando informação científica de ponta, em formatos atuais como o das redes sociais e aplicativos. Queremos oferecer dinamismo, agilidade, informação de qualidade, com uma linguagem própria, concisa e de fácil acesso.

Precisamos também ampliar nossa atuação na área de políticas de saúde cardiovascular, cuidando das relações governamentais e com órgãos de classe e monitorando oportunidades que permitam interferir e impactar positivamente a prática clínica no âmbito da doença cardiovascular e a remuneração do cardiologista. A SBC está ciente que precisa ampliar sua atuação nesta frente.

Vale ainda destacar que estamos muito sensíveis e cientes do momento complexo que estamos vivendo, pós-pandemia pelo coronavírus. Certamente, a classe médica como um todo e os cardiologistas foram enormemente impactados. Nesta direção, mantivemos o mesmo valor da anuidade dos últimos anos, sem nenhum reajuste, e temos estudado e priorizado formas de financiamento da SBC que ampliem suas ações sem onerar o sócio.

5) A SBC tem, em média, 30% de mulheres no seu quadro de sócios. A senhora como mulher, ocupando a posição de presidente do Conselho Administrativo é um marco importante para a equidade de gênero na entidade. Qual mensagem a senhora gostaria de deixar para as sócias e as futuras associadas? Há alguma estratégia para ampliar a participação feminina na entidade?

A participação feminina geral na SBC é em média de 30% dos sócios; entretanto, em faixas etárias mais jovens, esta taxa chega até a 50%, acompanhando uma tendência clara de ampliação do número de mulheres na carreira médica. Portanto, a presença feminina está aumentando e provavelmente, teremos muito mais mulheres participando ativamente da SBC nas próximas décadas, o que é muito bom.

No momento, precisamos avançar realmente nesta questão e oferecer as mesmas oportunidades às mulheres, prevalecendo sempre o mérito. O importante é que a SBC seja um canal, seja uma ferramenta de inclusão na oferta das mesmas oportunidades, não só em equidade de gênero, mas também ampliando a representatividade nacional, muitas vezes mais concentrada nos grandes centros.

A SBC já tem chamado atenção para este tópico através do Departamento de Cardiologia da Mulher que atua em duas vertentes: no estudo da doença cardiovascular na mulher e no desenvolvimento profissional das mulheres cardiologistas. O desafio é grande, mas temos algumas lideranças femininas já bastante destacadas e fico feliz de ser uma delas, contribuindo para a construção de um caminho mais facilitado para as próximas gerações.

6) Dois dos grandes pilares de sustentação da SBC são Educação e a Produção Científica. Como devemos nos posicionar nestes campos em 2023? Quais destaques devemos esperar nestas áreas?

Temos planejado e trabalhado de forma efetiva para ampliar a nossa participação científica em todas as regiões do nosso país e na América Latina por meio dos nossos congressos, brasileiro e de departamentos, de cursos e pós-graduações disponíveis na Universidade do Coração (UC) e de atividades científicas nos webinars que realizamos periodicamente e que muitas vezes têm tradução para o inglês e espanhol. Pretendemos ampliar os cursos de pós-graduação na UC, destacando-se o exemplo de sucesso da Pós-graduação em Cardio-oncologia, diversificar as formas de trabalhar o conteúdo científico desenvolvendo formatos mais objetivos e por meios de pronto acesso como o nosso aplicativo, por exemplo.

As Diretrizes Brasileiras em diferentes áreas da Cardiologia são um patrimônio da nossa Sociedade. Já iniciamos este ano e pretendemos avançar na reestruturação do Conselho de Diretrizes que está revisando a sua normatização, mais alinhada aos padrões internacionais e desenvolvendo critérios para análise crítica das necessidades de diretrizes para temas relevantes da prática clínica em cardiologia no Brasil.

Temos a revista científica em Cardiologia mais importante da América Latina, os Arquivos Brasileiros de Cardiologia (ABC Cardiol), que hoje são publicados em português e em inglês, com um fator de impacto muito relevante e crescente, passando de 2,0 para 2,7. Além dos ABC Cardiol, temos trabalhado e discutido a ampliação da família de revistas que hoje já inclui o International Journal of Cardiovascular Science (IJCS), ABC Heart Failure e ABC Imagem. Nossos competentes editores têm buscado caminhos que mantenham a alta qualidade científica e a sustentabilidade dessa iniciativa. Daremos todo o suporte a esse processo.

07) A SBC historicamente teve uma importante contribuição no desenvolvimento e na atualização de políticas públicas na área da saúde cardiovascular, por meio de uma interação técnica de alto nível junto ao Ministério da Saúde, Anvisa e demais órgãos correlacionados. Em 2022, tivemos dois exemplos importantes: a ampliação do portfólio do Farmácia Popular e a incorporação do TAVI. Como seguiremos avançando neste campo e quais são as principais agendas no próximo ano?

A SBC deve ser uma parceira atuante nas políticas de saúde cardiovascular no Brasil e interagir fortemente com o Ministério da Saúde, Anvisa, Conitec, CFM, AMB, para citar alguns desses órgãos. Tem atuado de forma técnica responsável, quando demandada. Logo no início das atividades do Conselho Administrativo, foi criada uma gerência institucional que tem trabalhado fortemente neste sentido, mapeando projetos e ações em que podemos colaborar junto a órgãos públicos, instituições, comissões técnicas, frentes parlamentares que atuam na saúde. Sem dúvida, avançamos bastante nesse sentido em 2022. Em 2023, a SBC pretende participar mais ativamente em questões ligadas à atenção primária. Devemos considerar que cerca de 80% da população brasileira é tratada pelo Sistema Único de Saúde e os recursos financeiros são insuficientes para tratar todas as doenças cardiovasculares e suas complexidades, o recurso é finito. Desta forma, nada mais importante que voltar os esforços para a atenção primária, com foco no diagnóstico precoce, prevenção e adesão aos tratamentos, pois além de minimizar os riscos de gravidade e aumentar a qualidade de vida, essas medidas contribuem diretamente para a sustentabilidade da saúde pública do país.

08) A SBC tem investido na criação de iniciativas focadas na população geral com objetivo de valorizar a prevenção e a educação. Iniciativas como "SBC vai à Escola" e "Parou por quê", são 2 exemplos de grande sucesso. O que podemos esperar nestes campos daqui para frente?

Vamos ampliar e expandir ações que são muito importantes para a educação da população leiga, como o programa “SBC vai à Escola” que tem impacto direto na prevenção e atenção primária à saúde desde a infância.

Este programa, que se iniciou na cidade de São Paulo e depois passou a ser executado no Estado de São Paulo, hoje já acontece em outros estados e regiões do país. Precisamos levar esta iniciativa cada vez mais a novas regiões, ampliando as faixas etárias dos estudantes beneficiados e o conjunto de profissionais que atuam nas escolas, incluindo professores e colaboradores. Também devemos trabalhar no aperfeiçoamento do programa para que ele chegue em mais famílias.

Outra iniciativa importante que continuará no próximo ano é a campanha "Parou por quê?", que busca conscientizar a população para os riscos da descontinuidade dos tratamentos das doenças cardiovasculares; em 2022, a campanha protagonizada pela jornalista Fernanda Gentil, chegou a impactar cerca de 78 milhões de pessoas em comerciais em TV, Rádio e Redes Sociais. Somando os dois anos da “Parou por quê”, podemos dizer que a mensagem atingiu quase 100 milhões de brasileiros. Estamos firmes nesse propósito e certamente seguiremos ainda mais fortes, com o apoio de nossos parceiros.

Voltando à importante questão sobre o “olhar” para a atenção primária, que será o foco de nossas ações em advocacy, estamos ainda em fase de desenvolvimento de novas iniciativas. Tivemos uma ótima experiência no Congresso Brasileiro/Mundial de Cardiologia, quando oferecemos aos médicos da rede municipal do Rio de Janeiro, especialmente clínicos e médicos de família, uma capacitação básica em Cardiologia que deverá fazer a diferença no atendimento e no serviço oferecido à população. Esta é uma contribuição que podemos replicar em diversas cidades e até mesmo estados, tendo em vista que nosso Congresso é itinerante. Além do compartilhamento de conteúdo científico e treinamento em situações práticas, estes profissionais do setor público ainda poderão participar de um evento científico de altíssimo nível. Esta iniciativa foi muito bem recebida pela Prefeitura do Rio de Janeiro e certamente deverá interessar a outros municípios e até mesmo governos estaduais.

Para finalizar, queremos lembrar que a SBC completa 80 anos de existência em 2023, data especial que queremos celebrar com carinho e enorme reconhecimento àqueles que construíram essa história. A SBC segue com muita vitalidade e com olhar atento ao futuro. Temos muito a fazer, mas certamente 2023 será um ano de novas conquistas e de aprimoramento com o que aprendemos com os resultados e as experiências até aqui. Todas essas ações fazem parte do objetivo maior da SBC, da sua missão que é atuar pela excelência no cuidado da saúde cardiovascular no Brasil. Para isso, a SBC deve manter-se unida e forte, contando com a participação de cada sócio e com o trabalho árduo do Conselho Administrativo e da sua comprometida equipe de colaboradores. Além disso deve tornar-se cada vez mais ativa em múltiplas frentes de atuação, buscando inovar e ser criativa, com o intuito de exercer sua nobre missão e beneficiar o seu associado e a sociedade brasileira. Orgulho de ser SBC.

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