Nem seria preciso dizer: a quantidade de novas informações sobre saúde cardiovascular é enorme, com diversos artigos sendo publicados a todo instante. Sob a enxurrada da ciência, ao médico parece impossível acompanhar tudo e, mais, entender como aplicar os achados de todas essas pesquisas no dia a dia. Para isso é que servem as diretrizes.

Elas têm sempre o objetivo de analisar os trabalhos, pegar as melhores evidências sobre determinado assunto e traduzi-las de maneira prática em benefício do paciente. Uma vez prontas, ficam disponíveis aos especialistas no site da SBC. Mas é natural que, ao lê-las, o cardiologista se faça uma pergunta ou outra: por que, por exemplo, determinada indicação de tratamento e não outra?

“Nos últimos anos, tivemos um bom número de novas diretrizes no Brasil”, observa José Rocha Faria Neto, membro da Comissão Científica do 77º Congresso Brasileiro de Cardiologia que, neste ano, acontece no Rio de Janeiro junto com o World Congress of Cardiology, o WCC 2022. Coube a ele ajudar na organização de sessões que focam justamente em guidelines.

“Tentamos convidar para falar sobre as diretrizes pessoas que efetivamente participaram da elaboração das mesmas”, revela José Rocha. “E isso para que o cardiologista clínico, aquele médico de consultório — que, na verdade, é a maioria de nós — , tenha a oportunidade de tirar uma dúvida qualquer diretamente com os autores.”

A seguir, José Rocha dá um panorama dessas atividades no CBC/ WCC 2022. Clique naquelas do seu interesse e saiba um pouco mais o que deverá acontecer.

* Diretrizes de avaliação perioperatório

* Diretrizes sobre angina instável e infarto agudo do miocárdio sem supradesnível do segmento ST

* Diretrizes de dislipidemias

* Diretrizes de doenças do miocárdio: amiloidose, miocardite e Chagas

* Diretrizes na prática clínica: tópicos emergentes na insuficiência cardíaca

* Diretrizes de cardiologia do exercício: reabilitação cardíaca de A a Z

* Posicionamento sobre atividade física em situações especiais