A cardiologia na era digital
A cardiologia na era digital

01/09/2022, 12:27 • Atualizado em 21/12/2023, 17:30

Aplicativos, impressão 3D, realidade aumentada, avatares de pacientes usados em simulações: nosso congresso mostra que tudo isso já é presente

Se a tecnologia digital vem revolucionando todas as áreas da sociedade, a Medicina não seria exceção. Membro da Comissão Científica do 77º Congresso Brasileiro de Cardiologia / World Congress of Cardiology (WCC 2022), Claudio Tinoco conta: “Quando comecei na Cardiologia, muitos dos tópicos que iremos abordar ao longo do evento no Rio de Janeiro eram considerados futurísticos. Agora, porém, será difícil um congressista voltar para casa sem a vontade de passar a usar alguns dos recursos digitais que conhecerá por lá.”

No entanto, Carisi Polanczik, que também participou da elaboração das atividades sobre saúde digital e inovação, faz uma ressalva: “Para o médico usar uma nova tecnologia, ele precisa sentir que ela fará diferença na vida dele e na dos pacientes. E isso não está tão bem resolvido ainda.”

Na visão dela, o cardiologista muitas vezes não sabe quais aplicativos são os melhores para ele indicar, por exemplo. Nem quais recursos dos smartwatches são mais ou menos confiáveis e até mesmo se essas novidades digitais no fundo não acabam aumentando a sua demanda, a medida em que poderá ter notícias do paciente o tempo todo.

“O cardiologista enxerga benefícios, mas tem dificuldade na implementação. Por isso, essa é uma área do congresso com um grande número de convidados internacionais”, informa. “Queríamos trazer especialistas com maior experiência, que já desenvolveram pesquisas e que podem apresentar algo com um cunho mais prático”, justifica,

Claudio Tinoco lembra que, além da chance de conhecer o que já está sendo feito, os congressistas terão contato direto, ao vivo e em cores, com esses experts para criar redes de conexões importantes nesse momento de transformação da Medicina.

Digital twins

Um avatar criado por computador com as mesmíssimas características do paciente — peso, altura, histórico de exames e outras — seria usado em simulações capazes de prever sua resposta a diversos tratamentos, de remédios a procedimentos cirúrgicos. Os chamados digital twins serão um dos tópicos da mesa-redonda Do laboratório de computação para a prática clínica: o que temos em 2022?, destacada por Claudio Tinoco como uma de suas favoritas. Acontecerá no dia 14 de outubro, às 16h50, no auditório 1.

Impressão 3D

Na mesma mesa-redonda em que serão abordados os digital twins, a cardiologista Ariane Pacheco Leal falará sobre a sua experiência com modelos para investigar doenças congênitas do coração na infância e outros casos em que a impressão 3D pode ser usada para melhorar o planejamento de intervenções.

“Esse recurso também tem potencial para ensinar residentes, equipes multidisciplinares de saúde e até mesmo pacientes e seus familiares sobre como é determinada doença”, diz Tinoco. “E, no evento, muitos desses modelos estarão expostos para que os congressistas tenham a experiência de visualizar alterações cardíacas dessa forma. Ela se soma a outras, como a realidade aumentada, que também está na programação. ”

Mobiles, wearables e aplicativos

Eles são o foco de outra mesa-redonda imperdível, no dia 13 de outubro, às 9 horas, no auditório 8. “Esses dispositivos, hoje, monitoram nossa frequência cardíaca, nossa saturação e muito mais”, diz Carisi Polanczik. “Mas quais são as evidências de que podem realmente contribuir? É o que vamos mostrar."

Para ela, é especialmente importante que os médicos conheçam o que existe disponível para melhorar a adesão dos pacientes ao tratamento medicamentoso. “Afinal, esse é um dos nossos grandes desafios em doenças como a hipertensão”, explica. “Assim como sabemos que um indivíduo com insuficiência cardíaca muitas vezes precisa tomar oito, nove comprimidos diariamente, o que causa não só esquecimentos, como trocas perigosas que o uso de aplicativos talvez consiga evitar."

Imagenomics

Para os membros da Comissão Científica, a conferência “Papel da imagenomics na melhoria da saúde cardiovascular ao longo da vida” será um dos pontos altos do WCC 2022. Não à toa: será dada por Valentin Fuster, do The Mount Sinai Hospital, nos Estados Unidos, ex-presidente da American Heart Association e considerado um dos ícones da cardiologia mundial.

“Imagine se você, diante de informações genéticas e imagens das coronárias de um paciente, pudesse identificar a origem exata da doença cardiovascular quando ele tinha 20 anos idade ou até bem menos do que isso”, diz Carisi Polanczik. “E se, mais do que isso, conseguisse ver o que aconteceria se pudesse fazer alguma coisa naquele momento.” Será uma aula clássica e memorável. Guarde: 13 de outubro, às 15h40, no auditório 8.

Não perca a oportunidade de mergulhar nas inovações e na era da saúde digital no WCC 2022. Inscreva-se no link: https://www.worldcardio2022.com/inscricao

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